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28 de dez. de 2011

Lavender

 Despedida
Por Paulo Roberto Gaefke em 26-12-2011
Na verdade, eu vim apenas para me despedir.
Dar um adeus discreto, pois sei que você já nem pensa mais em mim.
E de verdade, sei que o seu pensamento está voltado para o outro,
por isso não vou me demorar em longos comentários.
Lógico que nosso relacionamento daria uma bela história,
em algumas ocasiões, um romance cheio de sentimentos,
em outras, um drama capaz de arrancar lágrimas.
Mas, cá entre nós, teve alguns momentos em que só rindo hein?
Cada besteira, cada coisa sem noção…
Então, eu pude observar o seu intimo,
sei das suas qualidades e seus “defeitinhos”.
Vi você se entregar para uma emoção,
chorar diante da televisão,
morrer de rir ao reconhecer sua trapalhada,
ficar morrendo de raiva ao descobrir uma mentira,
e esconder lágrimas no travesseiro,
na noite que parecia não ter fim.
Sim, eu vi!
Mas, agora é tempo de nos separarmos.
E de tempo eu entendo, vivo dele e se tivesse mais,
mais eu te concederia, pois me agradei da sua companhia.
Está na hora de partir, estou quase no fim,
se puder, faça-me um favor, não se esqueça de mim.
Jamais me esquecerei de ti.
Estou indo, agarre-se ao novo que está chegando,
viva-o intensamente.
Pois logo, logo, ele também vai passar.
E assim, será a sua vida, sempre um recomeçar,
mesmo quando parece uma partida.
Isso não é um adeus, é apenas uma despedida.
Do seu amigo ano velho, desejando-lhe um Feliz Ano Novo.

8 de dez. de 2011



Recomeçar (Volver A Comenzar)






Compositor: Noel Molina


Despertar, sob a luz de um novo dia e renovar
Encontrando nova força para Amar
Em tempos difíceis

Descobrir
Sem querer o quanto é frágil
Decidir
Escolhendo cada passo onde ir
Num futuro incerto

Não é fácil, prosseguir apagando da memória
Tudo aquilo que fez a nossa história
Nossa vida de novo começar

Eu canto ao vento
Que beija os meus cabelos num alento
Eu canto ao mar
Que apaga os meus sentidos, e me faz
Recomeçar

Decidi avançar o meu caminho
Sem deixar
Que o passado, o destino, possam destruir
Uma vida honesta

Revirar
Alegrias e lamentos
Entender, que só mesmo o próprio tempo
Nos dará, todas as respostas

Não é fácil, prosseguir apagando da memória
Tudo aquilo que fez a nossa história
Nossa vida de novo começar

7 de dez. de 2011


Mais uma vez o tempo me assusta.
Passa afobado pelo meu dia, atropela minha hora, despreza minha agenda.
Corre prepotente, para disputar lugar com o vento.
O tempo envelhece, não se emenda.
Deveria haver algum decreto que obrigasse o tempo a desacelerar e a respeitar meu projeto.
Só assim, eu daria conta dos livros que vão se empilhando,das melodias que estão me aguardando;
Das saudades que venho sentindo,
Das verdades que ando mentindo,
Das promessas que venho esquecendo,
Dos impulsos que sigo contendo,
Dos prazeres que chegam partindo,
Dos receios que partem voltando.
Agora, que redijo a página final,
Percebo o tanto de caminho percorrido
Ao impulso da hora que vai me acelerando.
Apesar do tempo, e sua pressa desleal,
Agradeço a Deus por ter vivido, amanhecer e continuar teimando ...
Flora Figueiredo

1 de dez. de 2011


MINHA FLOR DE LOTUS ME DEU ESSE PRESENTE LINDO.
OBRIGADA AMIGAIRMÃ TEAMODORO!!!!!!!!!!!!!!!

Conheço uma mulher, já quase cinqüentona, que passou boa parte da sua vida apaixonada pelo primeiro namorado. Eles tiveram um romance caliente lá nos seus 18 anos, depois se separaram e cada um tomou seu rumo. Ele casou e teve filhos, ela casou e teve filhos. Nas raras vezes em que se cruzavam pelas ruas da cidade, cumprimentavam-se, perguntavam como andava a vida de um e de outro, mas nada além disso. A verdade é que ela preservou o sentimento que tinha por ele por muitos anos, mesmo sendo feliz no seu casamento. Era um amor de estimação. Até que esse amor, tão sem ressonância, tão sem retribuição, tão sem aditivos, um dia evaporou. Perdeu o prazo de validade. Expirou.

Dia desses esta mulher recebeu um telefonema. Era ele. Oi, tudo bom? Há quanto tempo? Trivialidades de quem não se fala há anos. Ela perguntou: o que você conta? Ele respondeu que estava ligando para dizer uma única coisa: eu te amo.

Corta. Não teve happy end. Ela agradeceu o telefonema, desligaram e ambos seguiram suas vidas. Conversando com ela sobre isso, senti sua felicidade e desilusão ao mesmo tempo. Felicidade, logicamente, por ter deixado marcas profundas no coração dele: nem em sonhos ela imaginou que ele também tivesse levado esse sentimento tão adiante. E a tristeza veio da falta de ressonância, mais uma vez. Por que a demora? Por que a falta de sincronia? Como teria sido se ele houvesse dito isso alguns anos antes? Agora já não adiantava.

A beleza e a tristeza da vida podem estar em situações como esta: descobrir, tarde demais, que se ama uma pessoa. Pode acontecer até com quem está ao nosso lado neste instante. Parece que é um amor morno e sem graça, e que se acabar, tanto faz, e só daqui a muitos anos descobrir que nada era mais forte e raro do que este sentimento. Tarde demais é uma expressão cruel. Tarde demais é uma hora morta. Tarde demais é longe à beça. Não é lá que devemos deixar florecer nossas descobertas.

Martha Medeiros









..Saudades....
Como definir essa palavra ?
Esse sentimento …?
SAUDADE que fere a alma …
Que maltrata o coração …
Sentir SAUDADE é reviver
Doces e tristes momentos
Sentir saudades é não esquecer
De alguém que fez parte …
Da nossa história …
É uma sensação estranha …
Às vezes parece boa …
Pois , nos coloca diante de pessoas
Que amamos ….
Mas às vezes , ela é ruim demais …
Pois nos faz ter a certeza que
Aquelas pessoas não estão
mais
Presentes em nossas vidas …
Saudades é algo mágico …
Pois nos rodeia mesmo sem o nosso
Consentimento
É como o SOL , aparece independente
Da nossa vontade .
SAUDADE é lágrima que rola no peito …
Mas também é riso que nos permite acreditar
Que as pessoas que passam por nossas vidas
São eternas …

28 de nov. de 2011

http://periakin.35photo.ru/photo_238944/

Caravelas

Florbela Espanca

Cheguei a meio da vida já cansada
De tanto caminhar!  Já me perdi!
Dum estranho país que nunca vi
Sou neste mundo imenso a exilada.

Tanto tenho aprendido e não sei nada.
E as torres de marfim que construí
Em trágica loucura as destruí
Por minhas próprias mãos de malfadada!

Se eu sempre fui assim este Mar Morto:
Mar sem marés, sem vagas e sem porto
Onde velas de sonhos se rasgaram!

Caravelas doiradas a bailar...
Ai quem me dera as que eu deitei ao Mar!
As que eu lancei à vida, e não voltaram!...
tigertears:

Just another silhouette (by sparth)

Frieza

 
Florbela Espanca

Os teus olhos são frios como espadas,
E claros como os trágicos punhais;
Têm brilhos cortantes de metais
E fulgores de lâminas geladas.

Vejo neles imagens retratadas
De abandonos cruéis e desleais,
Fantásticos desejos irreais,
E todo o oiro e o sol das madrugadas!

Mas não te invejo, Amor, essa indiferença,
Que viver neste mundo sem amar
É pior que ser cego de nascença!

Tu invejas a dor que vive em mim!
E quanta vez dirás a soluçar:
"Ah!  Quem me dera, Irmã, amar assim!..."

Doce Manhã




Hoje atropela sua alma em dúvidas, por não saber se suas verdades mudaram. Talvez ,quando olhar pra trás, ela ainda enxergue as mesmas verdades. Ontem a tarde caia silenciosa e tudo parecia calmo. Tudo era calmo como a chuva que caia devagar.

“... sempre tudo muda... nem sempre o que ansiamos é o que nos fará feliz.”

Repetia a si mesma o que lhe acalmava, esperava dias melhores.

Quando decidiu ser o que é, pensou esquecer-se de uma vez de tudo que tanto precisava esquecer. O caminho era longo e segui-lo não seria fácil. Até que parou, olhou ao redor e viu sua vida mudando todo o roteiro e seus passos a levava para onde o coração não desejava seguir. Precisava tentar e descobrir mais uma vez se essa verdade era a certa. No seu lamento lembrava os dias; Os dias dos sonhos que desejava. Mas a vida mostrava, que tudo eram sonhos. Sonhos que pertenciam à vontade de um amor pleno. Ironia; Sorriu de si mesma. Aprendeu a encarar seus erros. Errou em acreditar. Mas espera, que rios a levem para o lugar certo.

“Um rio que leve ao mar
Que tenha um gosto bom
Que arranque o sabor amargo.
E quem pode prever o amor?”

E a vida em suas voltas e voltas. Não se culpava. Pois apenas, acreditou e acreditou. Jurava ver seus rastros e nas noites ainda mudas, escutava vozes.

“Talvez o amor tenha sido real. Sim talvez! Mas que fazer quando não se pode fazer, e a luta é em vão? Nada mais, nada além. Seguia e jurava continuar.”

Arco-íres cercarão os céus e flores abrirão caminhos, em jardins antes secos. Sim. Haverá nos rios, risos de alegria e saberá que o amor doado não é em vão; As lembranças, às vezes causam dor, mas ensina .E precisava aprender com suas verdades.

As verdades não poderiam ter os mesmos caminhos. Eram verdades novas e tudo havia mudado. Não poderia seguir trilhas que causavam dor. Não poderia escutar na noite pensamentos vazios. Ela só esperava dormir em paz. Sim precisava dormir em paz. Descansar um pouco o tormento de dias e dias que esperou o que acreditava ser.
O tempo, o tempo amargo ou o tempo doce amargo, ainda pedia explicações e às vezes ainda cruzava seus caminhos.

“Um pouco mais, um pouco apenas e tudo isso passará... Agora tudo está embaralhado; Não tinha que ser assim. Mas, agora é. Agora foi.” responde a si mesma.

Verdades precisam ser aceitas! E a caminhada se certa á fará achar seu sossego; Achara suas manhãs. Sua doce manhã.  Achara suas razões. E achara o caminho certo pra casa. Achara o caminho de novo para seu jardim.

E as verdades? Sim. Quem sabe, das verdades?

Ainda não sabe, ainda é noite, as estrelas dormem. Mas espera sua doce manhã. Sim. Achará suas verdades, numa doce manhã.


Lene Dantas

27 de nov. de 2011


Mensagem do Meu Anjo - Carentes
Por Paulo Roberto Gaefke em 27/11/2011

Que a minha carência não me cegue.
Que os meus desejos não turvem a mente.
Que eu seja capaz de pensar e pesar;
prós e contras, oque me favorece,
e aquilo que só me atrapalha.

Muitos andam por ai com o coração exposto.
Parecem pedintes de amor e misericórdia.
Fugitivos da solidão, carentes de emoção.
Querem pouco, querem atenção.
Almas aflitas em busca de amparo.
Vivemos um tempo de muitos amigos virtuais,
mas poucos ombros para encostar e desabafar.
Muitos lêem o que twittamos.
Muitos "curtem" no facebook.
Seguem curiosos no Orkut.
Mas poucos são aqueles que batem em nossa porta,
entram, sentam no sofá da sala e nos ouvem com atenção.

raros aqueles que podemos abrir a alma,
soltar esse grito que anda preso na garganta,
essa ausência que tanto maltrata.
Felizes os que não tem tempo nem para twittar,
namorando no parque sem conexão.
Conectados com a Natureza, com o amor real.

Não se iluda com o que te apresentam pelo teclado.
Não caia na cilada do coração carente.
Visite, converse, saia, seja coerente.
A vida pede envolvimento.
O amor pede conhecimento.

Que a carência não te cegue!
Que os seus desejos não turvem a sua mente.
Que você possa sair, encontrar o amor e vive-lo intensamente.
Para dizer depois, ainda que tenha terminado de forma besta:
- Eu me dediquei ao amor que brotou em mim.
Eu sei amar!

24 de nov. de 2011



Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...

Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
Cecília Meireles


LUA ADVERSA

Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
Cecília Meireles

Canção do Sonho Acabado

Já tive a rosa do amor
- rubra rosa, sem pudor.
Cobicei, cheirei, colhi.
Mas ela despetalou
E outra igual, nunca mais vi.
Já vivi mil aventuras,
Me embriaguei de alegria!
Mas os risos da ventura,
No limiar da loucura,
Se tornaram fantasia...
Já almejei felicidade,
Mãos dadas, fraternidade,
Um ideal sem fronteiras
- utopia! Voou ligeira,
Nas asas da liberdade.
Desejei viver. Demais!
Segurar a juventude,
Prender o tempo na mão,
Plantar o lírio da paz!
Mas nem mesmo isto eu pude:
Tentei, porém nada fiz...
Muito, da vida, eu já quis.
Já quis... mas não quero mais...


Despedida

Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.

Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.

Que procuras? Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?

Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.
Cecília Meireles
The Fall of Autumn 

CANÇÃO DE OUTONO

Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.

De que serviu tecer flores
pelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o própro coração?

E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando áqueles
que não se levantarão...

Tu és a folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...
Cecília Meireles
c-innamon-tea

Nem tudo é fácil

É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!
Cecília Meireles

23 de nov. de 2011

The Last Walk … 
Até agora eu não me conhecia,
Julgava que era Eu e eu não era
Aquela que em meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e como o dia.

Mas que eu não era Eu não o sabia
E, mesmo que o soubesse, o não dissera...
Olhos fitos em rútila quimera
Andava atrás de mim... E não me via!

Andava a procurar-me - pobre louca! -
E achei o meu olhar no teu olhar,
E a minha boca sobre a tua boca!

E esta ânsia de viver, que nada acalma,
É a chama da tua alma a esbrasear
as apagadas cinzas da minha alma!

EU- Florbela Espanca)


Fanatismo

Florbela Espanca

Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
"Ah!  Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."


Eu

Florbela Espanca

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...

Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino, amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!



Em ti o meu olhar fez-se alvorada,e a minha
voz fez-se gorjeio de ninho...
E a minha rubra boca apaixonada,teve a frescura
pálida do linho...
Embriagou-me o teu beijo como um vinho,fulvo
de Espanha em taça cinzelada...
E a minha cabeleira desatada
Pôs a teus pés a sombra dum caminho...
Minhas pálpebras são cor de verbena,Eu tenho
os olhos garços sou morena,E para te encontrar
 foi que nasci...
Tens sido vida fora meu desejo,e agora,que te
falo,que te vejo,não sei se te encontrei...
se te perdi...


Amar!

Florbela Espanca

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar!  Amar!  E não amar ninguém!

Recordar?  Esquecer?  Indiferente!...
Prender ou desprender?  É mal?  É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
campabagno 

Lágrimas ocultas

 
Florbela Espanca

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Tomo a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
Blue Tit

Alma perdida

 
Florbela Espanca

Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!

Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente...
Talvez sejas a alma, a alma doente
Dalguém que quis amar e nunca amou!

Toda a noite choraste... e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!

Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh'alma
Que chorasse perdida em tua voz!...


Desejos vãos

 
Florbela Espanca

Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!

Eu queria ser o Sol, a luz intensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a Árvore tosca e tensa
Que ri do mundo vão e até da morte!

Mas o Mar também chora de tristeza...
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!

E o Sol, altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras... essas... pisa-as toda a gente!...

22 de nov. de 2011



            Miragem

            Na verdade pensei que fosse passado
            Que de você só o esquecimento restasse
            No entanto, é engraçado como sempre volta.
            Some e retorna tão à vontade parecendo
            Ter a posse de mim e de tudo que restou.
            Sem pedir licença nem nada invade
            Meus pensamentos, lembranças,
            Enche-me de esperanças, ocupa o vazio que deixou.
            Povoa de saudades o presente
            Nem se lembra de que não ficou.
            Vem, brinca com meu juízo
            Murmura palavras em meu ouvido.
            Acalenta meu riso, promete voltar.
            Depois sem mais nem menos,
Desaparece.
            Não se compadece das mãos vazias
            Que fica querendo de você se ocupar.
            Desaparece.
            Não se compadece dos olhos que sonham
            Abertos, querendo te reencontrar.

            Ylagam Guidugli

Querências

           

         Tenho vontade de estar escondida
         Em teus braços.
         Receber de ti tantos abraços
         Quantos os que imaginei sentir.
         Tenho vontade de guardar de ti, o sorriso,
         Se possível prender-te um guizo,
         Para de mim, não te perderes mais.
Tenho vontade de esconder o pranto
Para que não saibas nunca o quanto
Tua ausência me faz sofrer.
Tenho vontade de conduzir-te ao infinito
E como se fora um deus, dizer:
- é teu.
Tenho vontade de não ir embora.
Seguir-te pela vida afora
E em teus braços morrer.

Ylagam Guidugli


Ao Crepusculo

Não...
Depois de te amar eu não posso amar mais ninguém.
De que me importa se as ruas estão cheias de homens esbanjando beleza e promessas ao alcance das mãos;
Se tu já não me queres, é funda e sem remédio a minha solidão.
Era tão fácil ser feliz quando estavas comigo.
Quantas vezes vezes sem motivo nenhum, ouvi teu riso, rindo feliz, como um guizo em tua boca.
E a todo momento, mesmo sem te beijar, eu estava te beijando...
Com as mãos, com os olhos, com o pensamento, numa ansiedade louca.
Nosso olhos, ah meu deus, os nossos olhos...
Eram os meus nos teus e os teus nos meus como olhos que dizem adeus.
Não era adeus no entanto, o que estava vivendo nos meus olhos e nos teus,
Era extase, ternura, infinito langor.
Era uma estranha, uma esquisita misturade ternura com ternura, em um mesmo olhar de amor.
Ainda ontem, cada instante uma nova espera,
Deslumbramento, alegria exuberante e sem limite.
E de repente... de repente eu me sinto como um velho muro.
Cheio de eras, embora a luz do sol num delírio palpite.
Não, depois de te amar assim,
Como um deus, como um louco,
nada me bastará e se tudo tão pouco,
Eu deveria morrer.
Pablo Neruda


O teu riso

Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.

Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera , amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Pablo Neruda

Saudade

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Pablo Neruda

18 de nov. de 2011

(via 夜半未央)

E o que é que ela vê nele? Nossos amigos se interrogam sobre nossas escolhas, e nós fazemos o mesmo em relação às escolhas deles. O que é, caramba, que aquele Fulano tem de especial? E qual será o encanto secreto da Beltrana?

Vou contar o que ela vê nele: ela vê tudo o que não conseguiu ver no próprio pai, ela vê uma serenidade rara e isso é mais importante do que o Porsche que ele não tem, ela vê que ele se emociona com pequenos gestos e se revolta com injustiças, ela vê uma pinta no ombro esquerdo que estranhamente ninguém repara, ela vê que ele faz tudo para que ela fique contente, ela vê que os olhos dele franzem na hora de ler um livro e mesmo assim o teimoso não procura um oftalmologista, ela vê que ele erra, mas quando acerta, acerta em cheio, que ele parece um lorde numa mesa de restaurante mas é desajeitado pra se vestir, ela vê que ele não dá a mínima para comportamentos padrões, ela vê que ele é um sonhador incorrigível, ela o vê chorando, ela o vê nu, ela o vê no que ele tem de invisível para todos os outros.

Agora vou contar o que ele vê nela: ele vê, sim, que o corpo dela não é nem de longe parecido com o da Daniella Cicarelli, mas vê que ela tem uma coxa roliça e uma boca que sorri mais para um lado do que para o outro, e vê que ela, do jeito que é, preenche todas as suas carências do passado, e vê que ela precisa dele e isso o faz sentir importante, e vê que ela até hoje não aprendeu a fazer um rabo-de-cavalo decente, mas faz um cafuné que deveria ser patenteado, e vê que ela boceja só de pensar na palavra bocejo e que faz parecer que é sempre primavera, de tanto que gosta de flores em casa, e ele vê que ela é tão insegura quanto ele e é humana como todos, vê que ela é livre e poderia estar com qualquer outra pessoa, mas é ao seu lado que está, e vê que ela se preocupa quando ele chega tarde e não se preocupa se ele não diz que a ama de 10 em 10 minutos, e por isso ele a ama mesmo que ninguém entenda.
Martha Medeiros
Ausência

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar teus olhos que são doces Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto. No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado. Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado. Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada. Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite. Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa. Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço. E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado. Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos. Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir. E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas. Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz perenizada
Martha Medeiros
(by watermark photo’s)

Sensacões, como são difíceis de serem expressas...
O coração bate tresloucadamente, as mãos suam,nervos a flor da pele e aquela incerteza latente:ligar ou não ligar? E se ele não lembrar de mim? E se simplesmente me ignorar??? O que fazer...
Coração retumbando dentro do peito, ansiedade pura, pulsação como se tivesse acabado de correr uma maratona... E então ela decide: vou ligar e seja o que Deus quiser!
Levanta de sua mesa de trabalho, atrolhada de processos complicadíssimos que destrincha com a maior facilidade e o medo se apodera dela...Não vou desistir, hoje eu vou ligar... Seus dedos tremulam ao digitar os números, código da operadora,2 números, código da área,+ 2, número do telefone,+ 08 , são doze intermináveis números que ela digita durante os quais ela simplesmente não raciocina para não desistir.
Números discados, telefone chamando, toca uma, duas, três, ela já até está querendo desligar pensando “viu, ele não atendeu, a culpa não foi minha”! Quando ouve um alô do outro lado, daquela voz tão conhecida, jamais esquecida, apesar do tempo passado, ela tira uma forca que não sabia que possuía e comeca a falar...Primeiro coisas triviais, “ como tu estás, e o trabalho, saúde?” e todo aquele papo educado que aprendemos a ter, como dizem os franceses “come il faut”... Perguntas que vão , respostas que vêm, questões respondidas e o tempo passando e ela pensando: “ eu não vou conseguir...” Mas ela é uma mulher determinada, que aprendeu a lidar melhor com suas emoções e que acha extremamente injusto esconder seus sentimentos dos outros e de si própria...
Então menciona: “isto não têm nada a ver com você , eu é que preciso te dizer isso...”respira fundo e solta o verbo, com uma coragem que vem das entranhas: “tu não sabes como eu te amei naquela época...”, ela nunca havia dito isso com todas as palavras: EU TE AMO! Apesar das atitudes indicaram, os olhos falarem,mas a boca era reprimida...Não conseguia dizer durante todos os momentos apaixonados e maravilhosas vividos, essas palavras mágicas... ela ainda era uma menina-mulher, confusa, apaixonada... e achava que não dizendo isso, deixava de entregar o que já havia sido entregue a muito tempo: sua alma, seu coração e seu corpo... Quanta bobagem... só o tempo e a experiência a deixaram ver isso... Vitória ! Ela disse! Conseguiu! Está em paz com sua consciência. Disse a quem nunca havia dito que o amava, apesar de um atraso de dez anos, mas isso é detalhe! Ela deixou de dizer, ele deixou de ouvir, será que mudaria algo??? Agora isso não interessa...Ele pareceu um pouco perturbado e diz que ficou emocionado...Retribui com o velho jargão “eu também gostei muito de ti”...
Ela não acredita que cumpriu a missão que tinha estabelecido para si mesma, então se despede: “um beijo para ti” e desliga.

Volta para sua sala, senta em sua mesa, em frente ao seu computador, como se nada tivesse acontecido! Tudo parece igual, seus colegas sérios trabalhando, os processos se avolumando e ela tenta se concentrar, seus olhos enchem de lágrimas, ela havia vencido mais uma batalha! Ela era uma mulher de verdade que não esconde o que sentiu, sente e sentirá! Cresceu e amadureceu!
Se parabeniza mentalmente e pensa: “a liberdade realmente é azul!”
Martha Medeiros


Eu triste sou calada
Eu brava sou estúpida
Eu lúcida sou chata
Eu gata sou esperta
Eu cega sou vidente
Eu carente sou insana
Eu malandra sou fresca
Eu seca sou vazia
Eu fria sou distante
Eu quente sou oleosa
Eu prosa sou tantas
Eu santa sou gelada
Eu salgada sou crua
Eu pura sou tentada
Eu sentada sou alta
Eu jovem sou donzela
Eu bela sou fútil
Eu útil sou boa
Eu à toa sou tua.
Martha Medeiros
mammal mother

A FITA MÉTRICA DO AMOR

Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado. É pequena pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.

Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.
Martha Medeiros

15 de nov. de 2011


Mensagem do Meu anjo - As dores da Alma
De Paulo Roberto Gaefke
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As dores da alma não deixam recados, 
imprimem uma sentença que perdura pelos anos.

Um amor que acabou mal resolvido, 
um emprego que se perdeu inexplicavelmente,
um casamento que mal começou e já terminou, 
uma amizade que acabou com traição, 
tudo vai deixando sinais, 
marcas profundas...

Precisamos trabalhar as dores da alma, 
para que sirvam apenas de aprendizado, 
extraindo delas a capacidade de nos fortalecermos, 
aprendendo que o melhor de nós, ainda está em nós mesmos.
Que amando-nos incondicionalmente descobrimos a auto-estima, 
que se deixarmos seguir o caminho da dor e da lamentação, 
iremos buraco abaixo no caminho da depressão.

As dores da alma não saem no jornal, 
não viram capa de revista, 
e só quem sente, pode avaliar o estrago que elas causam.

Como não existe vacina para amores mal resolvidos, 
nem para decepções diárias, o que vale é a prevenção, 
então: ame-se para amar e ser verdadeiramente amado, 
sorria para que o mundo seja mais gentil, 
dedique-se, para que as falhas sejam pequenas, 
não se compare a ninguém, você é único, 
repare nas pequenas coisas, mas cuidado com as grandes 
que por vezes estão bem diante do nosso nariz e não enxergamos.

Sonhe, pois o sonho é o combustível da realização, 
tenha amigos e seja o melhor amigo de todos, 
apaixone-se pela vida e por tudo o que é seu, 
acredite em seu poder de sedução, 
estimule-se, contagie o mundo com o seu melhor, 
creia em Deus, pois sem Ele não há razão em nada, 
e tenha sempre a absoluta certeza de que, depois da forte tempestade, 
o arco-íris vai surgir e o sol vai brilhar ainda mais forte.

Eu acredito em você!
dyingofcute:

Mensagem do Meu Anjo – É tempo de...
De Paulo Roberto Gaefke em 04/11/2011

É tempo de um novo pensamento,
É tempo de desgarrar-se da fila dos conformados,
É tempo de sair da lamentação vazia e fácil,
É tempo de descobrir coisas maravilhosas em você,
É tempo de uma nova ocupação, um novo amor quem sabe?
É tempo de sacudir a poeira dos sapatos, voltar a andar.
É tempo de um novo tempo,
É tempo de acordar e reviver, não o passado, este não volta,
mas as boas escolhas que você fez e pode fazer neste dia,
Que Deus, em sua infinita Sabedoria,
ilumina com raios de esperança,
Pois para Ele, você é a eterna criança,
que Ele pega nas mãos e conduz,
rumo ao tempo melhor, 
rumo ao tempo da Luz.

Que você se descubra neste dia, 
que seque as lágrimas e sorria.
Se sentir-se abandonado, sem ninguém, 
lembre-se que Deus lhe ama desinteressadamente, 
em qualquer lugar, em qualquer tempo,
eternamente.
Sorria! 


Mensagem do Meu Anjo- Ouse sonhar
por Paulo Roberto Gaefke - www.meuanjo.com.br

"Não há nada como o sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã. "
(Victor Hugo)

Não há nada pior do que uma pessoa vagando pelo mundo sem sonhos.
E digo vagando pois essa é a sensação da pessoa: um zumbi.
Sem vontade, sem desejos, nada além do seguir adiante.
E não pense que a falta de sonhos é coisa dessa ou daquela pessoa.
Não tem nada  aver com dinheiro, posição social, cultura...
Muitos mendigos sonham com um bom banho, a mesa farta,
muitos ricos sonham com dias de paz, viagens maravilhosas,
outros, querem apenas saúde.
Mas, há os que não sonham, ou sonham pouco.
Esses sim são os que preocupam.
Muitos estão vegetando fora do coma hospitalar.
Trancados em quartso, sem abrir janelas,
ou vivendo "vidinhas medíocres", a troca de baixos salários,
com medo de "rebelar-se" contra o sistema, contra si mesmo.

Ouse sonhar!
ouse pensar grande!
Colocar a voz para fora, as idéias para circularem.
Ouse inventar um novo jeito de fazer a mesma coisa.
Ouse renovar o seu relacionamento de anos,
com uma nova forma de beijar, de fazer amor.
Nada precisa ser igual todos os dias.
Nem você!

Um pouco de ousadia vai te fazer muito bem!
Pode te levar de volta a escola,
pode te levar para uma viagem para bem longe,
ou aqui mesmo em Piracicaba, quem sabe?
Tudo depende da sua capacidade de sonhar,
de sentir que pode realizar.
De colocar a mão na massa e do trigo fazer o pão.
Do fgeijão cru a bela feijoada.
Do desejod e amar, um romance inesquecível.
É tempo de desejar a felicidade e lutar por ela.
Sem medo de sonhar, conquistar e ser feliz.


Mensagem do Meu anjo - O amor do Passado
De Paulo Roberto Gaefke em 11/11/2011 as 11:11h

Segundo o ensinamento da "Universidade da Vida",
na pós-graduação em Relacionamentos,
não há a menor possibilidade de um amor verdadeiro, real,
vencer o amor "idealizado", principalmente o "amor do passado".
O "amor do passado",  que é o "amor idealizado" é sempre melhor.
Primeiro porque ele não vive de problemas, só de belos sonhos.
Segundo, ele não conta com a reação da outra pessoa,
ela sempre faz o que a gente "sonha".
Terceiro, o amor do passado pode ser revivido na alma
a qualquer momento, ainda que não tenha nem acontecido.

Talvez, para você, que não tenha um "amor do passado",
que vive com os pés no chão e na realidade,
seja difícil entender o tal do "amor do passado",
mas se você topar com alguém assim,
pior ainda, se você se apaixonar por alguém assim,
vai sofrer um bocado para remover essa marca.
Para piorar, será sempre comparado(a) com esse amor imaginário,
e é claro, vai sempre perder.
Por isso, essa pessoa que vive o amor do passado,
ora quer ficar com você, ora quer fugir...

Não é fácil, e olha, na Universidade da Vida,
já vimos casos de pessoas que morreram solitárias, vivendo do "amor do passado",
cheirando naftalina, emboloradas por dentro.
Se você vive de "amor do passado",
tente uma terapia urgente, antes que seja tarde demais.
Antes que destrua belos sonhos, belas possibilidades,
pois amor do passado é uma triste esperança que nunca será realizada.
É fugir para dentro de uma prisão interior, sem portas, sem janelas, sem saída.

7 de nov. de 2011


                                   MANHÃS DE  ABRIL

                                                                  Quazzari


                            "amor e amizade verdadeiros são cicatrizes n’alma. Indeléveis tatuagens que nem o tempo ou distancia conseguem remover".


                                                                                                                                                                                                     Abril 2003


                   Às vezes acordo como que com saudades de mim, do convívio que já passou.Mas, eu sei bem o que é.
                São estas manhãs de Abril que tem o dom de abrir meus olhos e sentidos, fazendo-me acordar com esta sensação de saudade rondando por perto.
                Hoje amanheci assim.Como que vendo o azul límpido do céu através dos olhos seus. O céu azul amanhecendo de dentro dos  seus olhos, límpidos, cristalinos olhando com simplicidade e pureza o amanhecer.

                É como se ocorresse uma transmutação e o verde da esperança que amanhece todos os dias dentro de nós, fosse todo azul.

                Ah! a vida nos reserva tantas experiências, tantas surpresas, tantas mudanças. Estar junto e só, perto e distantes, juntos e separados. São as incoerências do ser-humano.

                Nos reservamos transformações, concepções, decepções, a vida só não nos permite mudar a essência de cada um.
               
                A essência creio, é o retrato do nosso verdadeiro eu.Aquele que atravessa conosco tantas vidas passadas e quantas mais, futuras, atravessará.

                E é dentro desta essência que guardamos tudo o quê nos é imprescindível.As amizades preservadas antes dos amores vividos e nem sempre sobrevividos.Transformados sim, mortos jamais.Encantados talvez.



                Existem pessoas, amigos, amores, momentos que ficam gravados em nossa alma como as tatuagens.
                Indeléveis, indestrutíveis, invisíveis aos olhos mortais.
                Você é uma dessas tatuagens que trago na alma.Sabe, os sentimentos verdadeiros são atemporais.Existem independentes da nossa vontade, do tempo, espaço, distancia, obstáculos ou o que mais possa existir.
                Simplesmente existem, como a essência de cada um de nós.



                    YLAGAM GUIDUGLI

Bolhas de sabão


            Pela passagem apertada sopro o que me sufoca.
            Espreitando temerosa, a bolha antes retida,
            Observa amedrontada o mundo do lado de fora
            Pela passagem apertada sopro o que me sufoca.
            Respiração contida, sob medida.
            De cabeça para baixo, deformada, desconjuntada,
            Me vejo presa numa bolha de sabão.
            Sopro mais, mais e pluft... estouro.
            Não sou mais nada que um pingo fingindo lagrima.
            Restos de bolhas de sabão.
            De novo sopro pela estreita passagem
            e lá vem outra e mais outra.
            No fim de uma o começo de uma porção.
            Vou me formando outra vez.
            Indolor, incolor, rolando, rodando
            colorida por reflexos complexos, arte do sol.
            Vermelho, amarelo, no verde maravilha
            descubro um umbigo de espuma, faltando o cordão.
            Pluft... mais um estouro de mim dentro da bolha.
            Sopro com sofreguidão, contorno, retorno, insisto.
            Não paro.
            Resisto, persisto, não desisto.
            É estranho ser bolha de sabão.
            Agora o azul.
            Azul do céu, azul do mar, eu sou azul.
            Azul inteira, pequena, solta.
            Flutuando vôo para além da janela.
            Vou viajar numa bolha colorida
            por desconhecidos rumos.
            Como desconhecido é esse sentimento
            que vem crescendo,aqui por dentro,
            Parecendo amor, com jeito de paixão.
            Escorrega, escapa, se mostra.
            Bonito, leve, colorido, provocando
            risos,gritos,cochichos e perturbação.
            Soltou-se da boca que o prendia num suspiro prolongado,
            Não sei se de alivio ou tensão.
            Sentimento confinado,voa.
            Para, recua, esbarra, flutua,
            ao sabor do vento, no espaço aberto.
            Pareço uma bolha de sabão.
            Talvez, quem sabe, um pouco mais de espuma
            a faça mais resistente e assim pode ser
            Que agüente um sopro mais insistente.

            Pela passagem apertada, sopro.
            Uma frágil esperança de sobreviver.
            Luta. Luto. Procura. Procuro.
            Cansa. Canso. Estoura. Estouro.
            No fim de uma o começo de uma porção.
            Frágeis, coloridas. Parece vida cheia de ilusão.
            É  vida, numa pequena explosão.



            (Ylagam Guidugli)